Quero te contar um pouco sobre os sete lançamentos nacionais que se tornaram meus companheiros-cúmplices nessa primeira metade do ano e que soam mais especiais a cada audição. Tem coisa que só eles viram. Só eles sabem.
É Brasil, é mistura inusitada, é inspiração que vem de todo canto, de toda arte, é invencionismo, é viagem no tempo - pra frente e pra trás. As influências? Vão de Quinteto Armorial a Aphex Twin, de Gal Costa a Madlib, de Animal Collective a Xangai, de Brian Eno a Sonic Youth.
Tem psicodelia do cerrado, ambient baiano, cortes/recortes/colagens paulistas, pop experimental gaúcho, guitarras fluminenses, prog contemplativo paulistano e tramas sonoras mineiras. Vem? Tá bonito.
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YPU - paranoar (2023)
De onde: Brasília, DF
Pra quem curte: Exploração sônica, piano velho na sala, cumplicidade criativa, mantras do cerrado, marola suave, psicodelia lasciva em expansão.
O hit: “Carícia”
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cajupitanga - farra farra (montagens e trilhas) (2023)
De onde: Vitória da Conquista, BA
Pra quem curte: Se cobrir de sorvete de tapioca com umbu-cajá e manga (calor), violão de trova lo-fi, glitch do sertão, lembrar daquele verão… você sabe qual.
O hit: “caco de vidro”
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Barba Negra — Loops e Mandingas (com Pirata Raíssa) (2023)
De onde: Taubaté, SP
Pra quem curte: Poesia falada, histórias de migração, loops roubados, crônicas sobre o cotidiano, cultura dos samples, a interação entre o visível e o invisível guiada por batuques.
O hit: “Lado A”
gabrre - don't rush greatness (2023)
De onde: Gramado, RS
Pra quem curte: Timbres familiares, vinhos laranjas, curtir a preguiça das manhãs de sol, efervescentes de gengibre com capim limão e manjericão.
O hit: “água de beber”
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gueersh – Tempo Elástico (2023)
De onde: Rio de Janeiro, RJ
Pra quem curte: Vestir aquela camiseta podrinha da sua banda preferida, midsummer madness, vocais femininos entre longas guitarras e sintetizadores, indie carioca pré-los hermanos.
O hit: “a curtinha”
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águas -Aquaplanagem (2023)
De onde: São Paulo, SP
Pra quem curte: Sentar na calçada pra observar o movimento - ou o nada, sopros-guitarras-pianos mágicos, encontros imaginários-sonoros contemplativos, síntese entre a música brasileira interiorana e o rock progressivo espiritual.
O hit: “O Saruê”
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Barulhista – Batismo (Gleeson Paulino)(2023)
De onde: Belo Horizonte, MG
Pra quem curte: Reencontros-conexões com corpos de água brilhante, flutuar num rio e deixar a correnteza te levar, serendipidade, sobreposições de sons e texturas da natureza.
O hit: “Foge”
Barba Negra! Já apaixonei!
Adorei!!! Já tocando Paranoar <3